História Nômade

Sem largar tudo ou tirar ano sabático, casal viaja pelas Américas

É comum ouvirmos histórias de pessoas que decidiram ‘largar tudo’ e sair viajando pelo mundo, mas Renato e Nayara queriam fazer diferente. Eles decidiram que não abririam mão de seu apartamento em São Paulo, mas que também não ficariam presos ao imóvel. Também não venderiam as coisas que mais gostavam, como a biblioteca e os itens de arte, mas não olhariam para trás por um bom tempo, pensando no que deixaram.

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O jeito que encontraram para tornar isso possível foi se tornando nômades digitais. O casal de publicitários planejou por um ano e meio e partiram para cumprir seu roteiro em dezembro de 2016: uma jornada que os levará de São Paulo até Ushuaia (Argentina) e de lá até o Alasca e retornando para casa. Eles farão paradas em 16 países.

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Para isso, o casal comprou uma antiga Base Móvel da PM de São Paulo e levou oito meses convertendo o veículo em casa e escritório. Para economizar, fizeram tudo eles mesmos e também com ajuda de uma empresa que patrocinou a construção dos móveis que eles desenharam.

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O carro antes da transformação

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Depois da transformação

Batizado de Major Tom, em homenagem ao falecido músico David Bowie, o motorhome saiu de São Paulo em dezembro e a dupla levou três clientes em seu portfólio e cinco entregas de projetos para a primeira semana de 2017.

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Trabalhamos todos os dias desde que saímos, mas reservamos os finais de semana para conhecer os lugares onde estamos”, diz Nayara. “Imagine sua semana. Você acorda, toma café, pega trânsito e vai para o escritório. Almoça, trabalha, as vezes volta para casa direto, as vezes sai com amigos… nossa vida é igual, mas em outros lugares. Trabalhamos todos os dias em que passamos em Punta del Este, mas caminhamos todas as manhãs pela praia, saímos a noite, jantamos com novos amigos e vimos lindos pores-do-sol”, explica.

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A partir de fevereiro, os dois afirmam que conseguirão receber exatamente a mesma renda que tinham em São Paulo.

Temos uma meta de 100 reais de gasto por dia e temos ficado dentro deste valor, mesmo passando quase um mês em Ushuaia, um dos destinos mais caros da América do Sul. Na verdade, somos mais ricos agora do que jamais fomos, afinal o Major Tom é uma casa de inverno em Ushuaia, de verão em Quito, de campo em Mendonza e um belo flat em Manhatan. A gente só precisa chegar lá e trabalhar duro no caminho”, conta Renato.

O casal narra suas experiências no site do Passa Fronteiras, na sua página do Facebook e perfil do Instagram.

* Todas as fotos: Acervo pessoal




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