Cada vez mais pessoas tem se dado conta de que possuir bens materiais não é sinônimo de felicidade e, por conta disso, procuram algo que possa satisfazê-los verdadeiramente. E se antes a maioria só percebia tal coisa ao se aposentar, agora os jovens também já possuem esta percepção.
Este é o caso dos paulistanos Beto Toledo, 35, e Thais Cañadó, 25. Eles estão prestes a sair pelo mundo navegando em um veleiro de 33 pés na companhia de seu cachorro, o Golden Retriever Google.
Como muitos de nós, o casal – que está junto há 3 anos – também seguia uma rotina comum de muito trabalho e pouco tempo para aproveitar a vida. Ganhando ótimos salários – ele como diretor geral de mídia e ela como designer de moda – eles se viram dentro de um conhecido círculo vicioso. “Cada vez tínhamos que gastar mais para ter conforto e saúde e quanto mais gastávamos, mais precisávamos trabalhar. Com isso vieram estresse, má alimentação e pouco sono. Percebemos que a conta não ia fechar e que uma hora a saúde acabaria”, contou Beto em entrevista exclusiva ao Nômades Digitais.
Percebendo que estavam construindo uma vida repleta de confortos superficiais enquanto viam tudo passar pela janela do escritório ou presos em engarrafamentos, eles começaram a pensar em alternativas para virar o jogo. Foi quando começaram a procurar um estilo de vida mais simples para que pudessem aproveitar e viajar mais. “Aí encontramos o veleiro e o estilo de vida que vamos ter”, disse.
Os preparativos para a drástica mudança de vida começaram há cerca de 1 ano. O casal começou a cortar gastos e a viver com um valor similar ao que terão quando estiverem em alto mar.
Venderam carro, apartamento, trocaram refeições em restaurantes por comer em casa e alimentos naturais ao invés de industrializados. Também se mudaram para um apartamento de quarto e sala, com um frigobar para viver um dia a dia mais próximo possível do que terão no barco.
O barco é como uma casa com aproximadamente 60 m² de área privativa. É forte e resistente contra os ventos e o mar, seguro e com toda a comodidade. Comparando-o a um apartamento, seria um duplex. Na parte de baixo tem uma suíte com cama de casal, closet, banheiro e chuveiro. A sala é integrada com a cozinha e a mesa vira uma cama de casal, assim como um dos sofás, que também vira cama. Há, ainda, um quarto atrás para mais uma pessoa, uma mesa de navegação bem grande e armários por todos os lados. Na cozinha tem pia, torneiras de água doce e salgada, fogão com forno e geladeira.
Já na parte de cima fica a cabine de comando e uma ampla área de lazer para tomar sol e fazer exercícios. Isso sem contar o privilégio o acesso às maravilhosas paisagens que mudarão diariamente.
Todo valor economizado foi convertido em um investimento de renda fixa que irá mantê-los durante a viagem.
“Como mudamos o nosso modo de vida e continuamos a ganhar as mesmas remunerações, pudemos economizar ainda mais e ter mais renda. Se tudo ocorrer conforme o planejado, voltaremos com mais patrimônio financeiro do que estamos indo”.
Com os dois pés no chão, o casal também está preparado para o caso de as coisas não saírem como o esperado financeiramente.
“Não vemos problema algum em trabalhar em qualquer atividade e lugar. Temos inúmeras oportunidades pela internet ou até mesmo serviços que podemos fazer, pois como o nosso custo de vida se tornou bem baixo, qualquer trabalho é suficiente para bancá-lo. Quando não se depende de muito dinheiro para viver, dá para fazer qualquer coisa”, explicou Thais.
A partida acontece em maio, logo após o Dia das Mães. “Vamos soltar as amarras no Guarujá com destino a Ilhabela. Em seguida passaremos por Ubatuba, Paraty, Angra dos Reis e Rio de Janeiro. Depois seguiremos sentido norte, passando por Noronha a caminho do Caribe”, contou Beto animado.
A próxima etapa será ir do Caribe para a Austrália, via canal do Panamá, e então subir para a Europa através do canal de Suez. Por fim eles cruzarão o Atlântico de volta ao Brasil. Por toda esta viagem eles pretendem parar de praia em praia, sem fazer longas travessias.
Quando questionados sobre quando pretendem voltar, eis o que os dois responderam prontamente: “Não temos um tempo definido, seguiremos com todas as possibilidades em aberto. Correremos o risco de parar em algum lugar e nunca mais querer voltar. Ou acelerar a viagem. Não temos data nem hora marcada para nada. Vamos viver cada dia e cada momento como se não houvesse o amanhã”.
Que tal trabalhar de um café em Paris? Ou de uma praia na Tailândia? Ou quem sabe, de um restaurante em Tóquio? Se você acha que essa realidade é utópica demais, saiba que estamos na crista da onda de um movimento global formado por pessoas que conseguiram realizar o sonho de trabalhar viajando. Com a evolução da internet e das tecnologias móveis, os Nômades Digitais cada dia mais provam que não é mais preciso trabalhar de um escritório para ganhar dinheiro e ser produtivo.
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